Monday, June 19, 2006

Somos todos um bando de Manueis!

Vou contar a história de Manuel:
Bom...Manuel era homem um pouco sedentário, tinha preguiça de mexer até os dedos das mãos, era daqueles que vivia literalmente a vida no sofá (mesmo sem ser Homer Simpson).
Até que um dia o “mundo caiu” para ele, quer dizer, não foi bem o mundo, na verdade o que caiu a uma distância de 3 metros foi o controle da televisão.Para melhorar mais a situação, o programa que passava naquele momento Manuel não suportava (por sinal só mexia suas mãos para mudar de canal quando esse programa entrava no ar).Foi aí que ele pensou, criou coragem e...Simplesmente aprendeu a assistir aquele programa.
Tenho certeza que você deve estar imaginando o que eu tenho na cabeça para escrever uma história dessas!
Na verdade, essa história é a minha versão de um clipe musical que eu vi há muito tempo atrás na TV. Mas eu resolvi começar esse texto com essa história para te fazer algumas perguntas (espero que você pense em suas respostas antes de seguir adiante):
Você achou a história de Manuel engraçada?Ou será que você achou Manuel um idiota?Mas você já pensou que você pode ser como Manuel?
Não exatamente “como Manuel”, não estou dizendo que você tem preguiça de mexer os dedos!Mas você já reparou que há muitos como Manuel, que vêem, vivenciam e presenciam coisas desagradáveis, mas simplesmente se acostumam com tudo isso, independente se é certo ou errado, prejudicial ou não prejudicial...
Muitas pessoas vivem em uma penúria de comida, de carinho, de dinheiro, vivem em uma miséria total.Já perderam suas esperanças, não sabem mais o que é felicidade e já perderam até a vontade de sonhar!
Enquanto isso no dicionário de muitos a palavra miséria vem com o seguinte significado:
Miséria-Não foi feita para você!
No mundo inteiro há desigualdade social e todos conseguem enxergar, assistir e vivenciar isso e com certeza isso não agrada a ninguém, mas todos nós (tanto eu, quanto você) simplesmente nos acostumamos com tudo isso, afinal, “na minha porta a fome não bateu ainda!”E a cada segundo de acomodação, mais uma vítima da desigualdade é enterrada, mais um bilhãozinho entra na conta bancária de alguém e mais um “Manuel” nasce.
Todos nós somos como “Manuel”, EU SOU COMO MANUEL!Não sei se tem como mudar isso, mas eu sei que todos nós temos sempre algo para passar para alguém e tem sempre alguém precisando de algo.Por isso vamos aprender a levantar a cabeça, ver o que está nossa volta e tentar fazer alguma coisa.Não posso te dizer o que fazer(nem eu mesma sei)!Você deve agir na medida do possível! Enquanto cada um não parar de olhar seu umbigo para olhar ao seu redor e resolver “mexer os dedos das mãos”, seremos todos um bando de “Manueis”!

Tuesday, June 13, 2006

"People are strange"

Escutava da boca de Jim Morison “People are strange”, mas só hoje fui perceber que as pessoas realmente são estranhas.
Há pessoas que se dizem sem preconceitos, mas descriminam todos por coisinhas supérfluas.Também tem aquelas que tem o ego maior que o mundo, porém demonstram ser sem auto-estima e procuram andar com pessoas que são “inferiores”, pois necessitam estar sempre acima de todos.
Tem pessoas que se acham ridículas, feiosas insignificantes...E essas, na maioria das vezes não são compreendidas e muitas vezes até excluídas pelo seu “jeito estranho de ser”.
Agora me responda: Ter o “rei na barriga” é uma coisa normal?Descriminar pessoas é um ato normal?
Na minha visão tudo isso é anormal!Todos somos iguais, somos seres humanos e dependemos uns dos outros, então quem não enxerga isso é anormal e sendo anormal automaticamente é estranho!
Mas será que se achar um “lixo” é normal?
Você pode achar até esquisito, mas isso é normal sim!As pessoas de hoje em dia são todas superficiais, só valorizam rosto, corpo, conta bancária e a marca da roupa e quem não se encaixar no padrão é considerado estranho, por isso essa falta de auto-estima só é o resultado de uma sociedade burra.
Como as pessoas não pensam que a beleza se vai com o tempo e que dinheiro da mesma forma que entra, sai?
A alma e o cérebro dessas pessoas vivem na penúria e caminham em um mundo alienadamente contaminado por uma toxina chamada superficialidade, que vai abolindo de vez o bom senso e os pensamentos, transformando as pessoas em seres irracionais.
Vendo tudo isso só me resta rir e pedir para as pessoas reverem seu conceito sobre “ser estranho”.E se depois de ler tudo isso o antigo conceito de estranho continuar, só me resta pedir para o Papai do Céu iluminar a cabeça desses “lindos asnos”.

Wednesday, June 07, 2006

Mente além-mar

Navegando pelo profundo
Atravesso mares e marés
Sigo a correnteza do insano
Temendo que me tirem o que eu amo
Julgado louco de um mundo normal
Habitado por habitantes que habitam o real
Mas também aceitam dólar
Porém não são pedintes
Não passam de ouvintes com a mente bloqueada
População alienada
Que não canta e não dança por si
Só participam de peças teatrais
Fantoches expostos de uma maneira ridícula
Com tarjas nos olhos e um sorriso marcado
Não enxergam, não ouvem, não sentem...
Mas ainda assim são habitantes do “mundo normal”
Do qual não faço parte e aos seus olhos sou assim
Louco, insano, desvairado sem nenhum plano
Simplesmente por sonhar, cantar e dançar quando quero
Sorrir, abrir a boca, me movimentar sem ligar para o Clero
Será que sou louco?
Talvez até seja...
Se aos olhos do mundo sou assim
Habitantes alienados, não tenham pena de mim!
Pois meus pensamentos eu sempre sigo
Eu canto, eu danço, eu penso, eu vivo!

Monday, June 05, 2006

Era para ser um texto crítico, mas acabou sendo um desabafo poético...rs


QUERO CONECTAR


Com o estômago vazio
A espera do anti-vírus, crio
Pensando se a sorte me fará forte
Ou me trará morte
Com a impaciência que herdei de alguém
Olho na tela os números correndo
Conto os segundos para viajar
Não sei se mar, escalar
Ou será me afogar?
Não tenho bagagem
Só vejo imagens e os números lá
Não tenho tempo, mas tenho sono
Será que irão me esperar?
Quase vinte mil e eu fico com frio
Não vejo a hora de começar a viagem
Estou ansiosa, virei corajosa
E agora lembrei, não tenho bagagem!

Saturday, June 03, 2006

Mil lições em uma noite.

Maria era uma menina que pensava...Pensava tanto que até nos fazia pensar em que tanto ela pensa.
Todos os dias às 8:30 da manhã ela acordava quieta e silenciosamente tomava seu café preto, sentava na varanda e ali ficava a pensar.E ali ficava horas, com a mesma feição e sentada na mesma posição (pernas entrelaçadas e braços apoiados na barriga).
Mas houve um dia em que eu a vi andando pelo jardim da minha casa e, ao mesmo tempo em que andava ela resmungava algo.Curiosa como sou, fui em direção ao jardim, mas fiquei de longe tentando escutar o que tanto ela falava.As horas foram passando e eu ainda tentava desvendar aquele mistério, até que escutei:
“Andando nas flores, concentra, concentra, aperta a mão e alimenta o coração”.
Ter escutado aquela frase só piorou a situação, pois escuta-la só me deixou mais curiosa.O que significavam aquelas palavras?
E lá se foi uma noite em claro tentando entender aquilo.Dias se passaram e eu ainda não achava respostas, até que uma tarde escuto alguém batendo na porta, era um rapaz, que me entregou um bilhete que logo após agradece-lo já fui lendo:
“Ande pelas flores, mas se flores não houver plante-as.Concentra, concentra, olhe ao seu redor e veja o caos e quando sentir medo, aperta a mão e quando o medo passar pegue todos seus bons pensamentos e alimente os bons corações”.
Confusa, tudo foi me esclarecendo.Quando terminei de ler aquilo fui correndo para a casa do vizinho ver se Maria estava lá, mas quando entrei me deparei com o pai de Maria chorando pela morte de sua filha.
Não acreditei naquilo, mas comecei a conversar com ele e descobri a última frase de Maria:
“Ao seu lado está um anjo, de carne e osso que alimentará corações e com muito custo passará adiante a idéia de um mundo sem cifrões”.
Ao término da frase chorei e, assustada acordei chorando.Para tentar me distrair, liguei a TV e só via coisas trágicas.Comecei a refletir na situação do mundo e vi que o dinheiro virou uma coisa maldita, na qual pessoas morrem por tê-lo e outras por não tê-lo.Então me lembrei do “mundo sem cifrões” dito em meu sonho e vi que aquilo era um aviso!
Maria tinha boas idéias, porém por pensar tanto não conseguiu coloca-las em pratica, mas nos últimos momentos, passou-as adiante.
Sei que o sonho foi meu, mas consegui entender que Maria não queria que eu mudasse o mundo sozinha!Ela só me escolheu para passar adiante aquela idéia de um mundo mais igual e não tão concentrado em bens materiais.
A partir desse dia, comecei a escrever coisas para a conscientização das pessoas, desde então não parei mais e hoje pretendo expandir minhas idéias, graças a uma noite de sono em que aprendi que pensar é bom, mas não é o bastante!