Nascida para ninguém

As vezes me sinto alguém
Que em um piscar de olhos volta a ser ninguém.
As vezes sinto que eu existo
Mas depois me deparo com a minha inexistência.
As vezes me sinto feliz
Mas só consigo fazer durar minha infelicidade.
As vezes me sinto grande
E em uma grandeza só minha, diminuo.
As vezes acho que não estou só
Mas olho ao meu redor e não vejo ninguém.
As vezes eu tento...Tento me encontrar
Mas a questão é que eu não sei por onde procurar.
As vezes eu quero ser alguém melhor
Mas preciso de alguém que aponte meus defeitos.
As vezes eu quero ficar do jeito que estou
Para que mudar se ninguém nota sua evolução?
Ninguém nota o seu regresso, ninguém te vê ali
Ninguém sente a sua falta, nem faz questão da sua existência.
Então para quê?Para que evoluir?Para continuar no escuro?
As vezes eu sinto raiva
Pelo simples fato de ser mais um nada para ninguém!